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terça-feira, 31 de maio de 2016

Ownership of Public Space


"When it’s good, street art, like all art, can affect people on a deep level. It’s all about what speaks to you. I think there’s lots of room to question the ownership or arrangement of public space and that’s where street art excels. Sometimes this may just mean a little chuckle on the way to work; other times it could be something that gets you thinking about who actually owns that blank wall."

Francesca Gavin

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Vandalismo


O governo tem-se mostrado disposto a cumprir a lei, anunciando um corte progressivo no financiamento estatal a alguns colégios de elite. Não a todos, apenas a uma minoria próxima de escolas públicas.

Acontece haver colégios que vêm recebendo benesses de legalidade duvidosa, havendo inclusive casos de suspeita de favorecimento e crime, porque nas suas proximidades as escolas públicas foram, ao longo de vários anos, proibidas de abrir novas turmas (de modo a que os alunos fossem obrigados a transferir-se para os colégios próximos).

É natural que os donos destes colégios, que auferem grandes lucros à conta do dinheiro público (numa clara perversão das regras do mercado e da livre concorrência capitalista), andem transtornados diante da iminência de perderem a facilidade do rendimento garantido. Há piscinas e campos de squash que ficarão sem manutenção...

Pois nestes dias em que os ânimos andam exaltados, nem a figura do Dalaiama escapou à contenda. No Largo da Escola, já lhe foi subtraído o corpinho ;p
Nem imaginamos o que terá acontecido no Largo do Colégio! ;)

domingo, 29 de maio de 2016

Visual And Cultural


"In general, graffiti writers appropriate objects and places in and around the city that have been neglected, forgotten or rejected. Singling out these sites, they turn them into temporary areas of visual and cultural production."

Louise Gauthier

sábado, 28 de maio de 2016

Stencilled Style




"Typically, a stencilled work is characterized by an easily recognizable image or a legible word or phrase and does not necessarily advertise the name of its creator. In fact, while many stencil artists [...] disseminate their tags as part of their works, whether as text or as symbol, others [...] are keen to make purely anonymous work recognized only for its repetition of style."

Anna Waclawek

sexta-feira, 27 de maio de 2016

A efemeridade globalizada


"Esse tipo de concepção animista (e ontológica) no (e sobre) o mundo globalizado define uma das linhas mestras da produção das artes naquilo que ela traz de perene: a impressão que se renova, o debate em aberto, o mundo de problemas que se agita, a marca das formas, do cheiro, da tactibilidade, de um movimento contínuo algures entre o efémero e o inesgotável.

É esse, no fundo, o discurso das artes. E é essa, também, a justificação da História-Crítica da Arte, cuja vitalidade reside, afinal, na persistência de um afã criativo que se preserva desde há cerca de 30.000 anos, buscando sentidos, afinal, para os mesmos problemas: a vida e a morte, o mistério da existência, o diálogo com o espiritual e o inefável, a busca de consensos entre os elementos, a pesquisa sobre o amor, o exercício do poder, a possibilidade de indagação, de protesto ou de síntese. A pintura, a escultura, as artes decorativas, as instalações, as artes do espectáculo, a efemeridade das solenidades rítmicas, os contornos do mundo da magia, sempre nos falaram desses temas. Desde a arte pré-histórica, passando pela Idade Média e a arte do tempo dos Descobrimentos e dos seus impérios coloniais [...]"

Vítor Serrão

quinta-feira, 26 de maio de 2016

The Ideological Level

"It should now be clear that ideology – the ideological level – is an organic part of every society. Human societies need these systems of ideas and beliefs in order to survive, and they secrete ideology as if it were an essential nourishment for their being and for their historical continuance. [...] It follows that if the function of ideology in general is to conceal contradictions, then the function of the dominant ideology, the ideology of the ruling classes, is a fortiori the same. This is bound to have serious consequences for all historical disciplines which are concerned with the various forms of ideology, including art history."

Nicos Hadjinicolaou

domingo, 22 de maio de 2016

Do digital para a parede


Nunca antes visto em público, eis o projeto que inspirou esta parede, uma obra conjunta com a Artista Eusboço e Telmo Alcobia.

Still never shown in public, here is the project that inspired this Artwork, painted together with Eusboço and Telmo Alcobia.

sábado, 21 de maio de 2016

Get A Loan If You Already Have Enough


"A bank is a place that will lend you money if you can prove that you don't need it."

"Banco é um lugar que lhe empresta dinheiro, se você puder provar que não precisa dele."

Bob Hope

sexta-feira, 20 de maio de 2016

A "He" Or A "She"? Cuz The Work Is Interesting


Numa noite de 2006, junto à praia de Oeiras, deixamos marcas que nunca conseguimos fotografar. Um ano depois, alguém o fez por nós. Tomamos conhecimento disso agora, quase dez anos depois. Estes episódios apenas acontecem a quem já integra a vastidão proficiente da História! ;p

This was bombed in 2006. It was photographed by someone unknown and posted somewhere in the internet in 2007. It was sent to our email this week!
That's the way History of portuguese street art is made!!!
Once upon a time, nine years ago...
"Is Dalaiama a he or a she? Cuz his/her work is interesting."
;)

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Diálogo entre difusores


Pergunta o Skinny Cap:
― Onde começa o verdadeiro silêncio?
Responde o Fat Cap:
― Começa onde o ruído do pensamento termina.
― Mas como é que se faz para isso acontecer? Como é que se detém o pensamento?
O Fat Cap lembrou-se dos livros que tinha lido:
― Usando o pensador que há dentro de cada um de nós, fazendo-o compreender que, se deseja alcançar um estado de vazio maravilhado, necessita interromper o fluxo incessante de reflexões, raciocínios, considerações...
O Skinny Cap fica a pensar naquilo. Após um breve momento, questiona:
― Mas que contrassenso é este? Recorrermos ao pensador para deter o pensamento? Pois não é o pensador também ele resultado de um pensamento, uma mera construção mental?
― Compreendo a tua dúvida. Teríamos então o pensamento a tentar deter-se a si mesmo.
― Pois  sublinhou  ―, assistiríamos ao conflito de um pensamento a tentar suprimir outro pensamento...
― Talvez o caminho seja compreender inteiramente este facto, vê-lo na sua totalidade, intuitivamente.
― Achas que assim a mente vai sossegar?
― Talvez ― meditou o Fat Cap. ― É mais fácil suprimir as cogitações mentais sobre o que há a montante e a jusante do pensamento se a consciência simplesmente se calar para olhar, observar, no desprendimento profundo do ver.
Sorriem os dois.
― Que frases lindas foste encontrar! ― avalia o Skinny Cap.
A brisa é leve. Na penumbra da parede a lua faz a tinta reluzir. Há céu, a noite ainda é longa e o sol há de despertar.
Concluem:
― Belas ideias as nossas!
― Impossível dizer frases melhores!
― Somos poetas!
― Genuínos filósofos!
― Somos praticamente génios!
― Verdadeiramente! Até mais do que isso!
Entreolham-se:
― Hmmm...
― Que tretas!
― Bora é pintar!!!

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Beyond The Signature


Placing emphasis on generating a different brand of urban expression for ideas that move beyond the mere representation of a name.

terça-feira, 17 de maio de 2016

Faser escolha, copear e obrar

Escultura de Eusboço

“Invenção.// O Escultor representa na Idéa os objectos. Fas escolha em o entendimento e retem o melhor em a memoria. // Execução. // O Escultor copea materialmente esta Invenção intelectual. O escultor obra.”

Felix da Costa (in A Antiguidade da Arte da Pintura, 1696)

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Do Not Separating


“When you call yourself an Indian or a Muslim or a Christian or a European, or anything else, you are being violent. Do you see why it is violent? Because you are separating yourself from the rest of mankind. When you separate yourself by belief, by nationality, by tradition, it breeds violence. So a man who is seeking to understand violence does not belong to any country, to any religion, to any political party or partial system; he is concerned with the total understanding of mankind.” 

Jiddu Krishnamurti

domingo, 15 de maio de 2016

Kepler 1284 - d (Dalaiama)


Dos 3200 planetas já identificados fora do Sistema Solar pelo telescópio espacial Kepler, 1284 foram anunciados de uma só vez na terça-feira (10) desta semana.

A NASA acrescentou que destes 1284 novos exoplanetas encontrados, cerca de 550 podem ser semelhantes à Terra e NOVE podem mesmo possuir as condições necessárias para albergar seres vivos.

O mais extraordinário de todos está aqui representado juntamente com o satélite que orbita em torno de si. O que verdadeiramente intrigou os cientistas foi a sua morfologia e a certeza de que nele há vida extraterrestre.

NASA estimates there are out in the galaxy to study and discover tens of billions of Earth-sized habitable planets.

Last tuesday 10, it was announced that the Kepler mission has discovered 1,284 planets, the most exoplanets at one time. This discovery is far better than Kepler-452-b announcement. Of these newly discovered planets, 550 are possibly rocky planets roughly around the same size as Earth and NINE orbit in the habitable zone of their star.

One of them is shown above with its moon. Scientists are sure it supports extraterrestrial life.

sábado, 14 de maio de 2016

Marcelo: os falsos afetos de um reacionário


"A comunicação social está, em geral, rendida aos encantos da presidência de Marcelo Rebelo de Sousa. Os jornalistas gostam da postura do novo ocupante do cargo, [...] dão-lhe a palavra a propósito de tudo, tornam-se espectadores, com câmaras e microfones, de um espectáculo por ele encenado para conquistar «afectos». Mas o que quer Marcelo fazer com o afecto dos portugueses, agora que já é presidente? [...]

Marcelo não é apenas um produto de um consenso fabricado por si próprio, pelos media e por parte significativa da sua família política. Ele é, agora como presidente, uma fabricação diária dos próximos «consensos», da futura opinião dominante a mobilizar quando passar a acalmia possibilitada pelo alívio do garrote austeritário. [...]

Marcelo não ignora que, mantendo-se os níveis de dívida (pública e externa) e os demais constrangimentos impostos pela União Europeia (limites do défice, arquitectura da moeda única, etc.), a reversão da austeridade não basta para manter o Estado social nem criar emprego e desenvolvimento. Sabe também que, à medida que a actual governação for correndo bem, mais quererá Bruxelas intervir com a sua ortodoxia, usando todo o seu peso: pressões através dos mercados financeiros, exigências institucionais de cumprimentos das regras dos tratados, criação mediática de um ambiente de tragédia iminente. [...]

[...] Quererá Marcelo referendar tratados europeus… ou a Constituição, para admitir a austeridade? Se for a segunda, vai dar-lhe muito jeito ter ao seu lado uma comunicação social, e um país, consensual e dos afectos."

Sandra Monteiro

quinta-feira, 12 de maio de 2016

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Contratos de associação com os colégios privados


"Criados para colmatar falhas da rede pública, a lei determina que o Estado pode financiar colégios para que os alunos de uma determinada zona onde a escola pública não exista ou não chegue possam frequentar gratuitamente um colégio, na proporção do número de alunos nessa condição. [...]

Durante anos, baixaram as verbas para a educação pré-escolar, para o básico, para o secundário, mas subiram as transferências para o privado. O objetivo foi garantir uma renda ilegítima para escolas privadas que roubavam os alunos às públicas a escassas centenas de metros.

Mas não têm as famílias [...] o direito de escolher onde estudam os seus filhos? Claro que têm. E podem frequentar os privados que entenderem, mesmo com uma escola pública à porta. Têm é de pagá-los.

O debate sobre o cumprimento dos contratos de associação não tem nada a ver com a liberdade de escolha. Trata-se apenas de acabar com uma anormalidade que nunca constou dos objetivos dos ditos contratos, que é o Estado financiar escolas privadas ao lado de escolas públicas subocupadas, esbanjando recursos de todos e pagando duas vezes o mesmo serviço na mesma zona [...]. Pagar nestas condições determinados colégios é até, de um ponto de vista liberal, uma distorção da “livre concorrência” [...].

Entretanto, como no passado, há uma campanha montada no espaço público. Colégios que há anos pagam salários baixos e mantêm professores precários, às vezes com recibos verdes à margem da lei, apregoam a importância do emprego. Deputados que foram afoitos a degradar a escola pública e os apoios sociais falam da “igualdade” entre as crianças. Empresas que vivem de subsídios pagos com os impostos de todos contestam o ataque à “livre concorrência”. [...]

Defenda-se então o que é de elementar justiça. Onde ainda faltar escola pública, o Estado deve proteger as crianças, contratualizando com os privados. Onde houver escola pública, deve acabar a aberração de utilizar os nossos impostos para financiar duas vezes o mesmo serviço. Ganhamos todos."

José Soeiro

domingo, 8 de maio de 2016

Empresas de trabalho semiescravo


"A lei dos portos, que esta maioria não revoga, é gravíssima para a economia, e, por isso, para as vossas vidas – não deve ser respeitada.

Há 300 homens neste país que lutam pelo país, como mais ninguém tem feito, sem grandes palavras e discursos mas com acções que têm evitado mais um negócio ruinoso para o país e o Estado Social e as pequenas e médias empresas que os governos dizem defender. São odiados porque não são «piegas» e porque o sindicato recusa o velho truque que tantos sindicatos aceitaram – apaziguar os fixos, titulares, mais velhos, e queimar os precários.

[..] revoguem a lei dos portos porque é esta lei da Assembleia da República que fixou a legalidade de empresas de trabalho semi-escravo e de sindicatos paralelos amarelos – este modelo aliás se vencer vai ser aplicado em toda a produção – amanhã temos uma empresa de médicos baratos, de professores baratos, de enfermeiros baratos, de electricistas baratos ao lado, exactamente ao lado, dos trabalhadores com direitos."

Raquel Varela (historiadora)

sábado, 7 de maio de 2016

Falácia para manter salários baixos


"uma falácia que [...] continua presente em muitos discursos sobre a situação económica em Portugal e sobre as políticas mais adequadas para lhe fazer face. Em termos simples, o raciocínio é este: 

1) para a economia portuguesa crescer é necessário que as exportações aumentem;
2) para que as exportações aumentem é preciso que o seu preço baixe;
3) para que o preço das exportações diminua é necessário baixar os salários.

É este raciocínio que continua a levar muitos a defender que os salários em Portugal têm de descer para que a economia cresça. Inversamente, sugerem que qualquer política que favoreça o crescimento dos salários está condenada a gerar mais desemprego. Acontece que qualquer um dos passos do raciocínio atrás referido é falacioso

Primeiro, a descida dos salários não é condição necessária nem suficiente para que os preços das exportações se reduzam. Por exemplo, este estudo mostra que os custos salariais têm vindo a reduzir-se nos países do sul da UE sem que isso se tenha reflectido inteiramente nos preços dos bens produzidos (a razão é simples: a redução dos salários foi absorvida pelo aumento dos lucros). Por sua vez, este trabalho estima que nos países referidos os custos do trabalho são responsáveis por apenas 1/6 dos preços dos produtos. Ou seja, há factores muito mais relevantes para a determinação dos preços do que os custos do trabalho.

Segundo, a redução dos preços não é condição necessária nem suficiente para o aumento das exportações. Para além dos preços relativos, a evolução das exportações depende também de factores de competitividade não-preço (qualidade, inovação, serviços aos consumidor, acesso aos canais de distribuição, etc.), bem como das dinâmicas de procura dos produtos em questão e do crescimento dos mercados de destino. Por exemplo, ao contrário do que muitas vezes se diz, o sucesso das exportações alemãs na última década não resulta da compressão salarial que se verificou naquele país desde finais da década de noventa, mas antes do crescimento verificado nos mercados de destino dos produtos germânicos. Inversamente, o fraco desempenho das exportações dos países do sul da UE têm menos a ver com o crescimento dos salários do que com o padrão de especialização das suas economias.

Por fim, o aumento das exportações não é condição necessária nem suficiente para o crescimento das economias. O crescimento da economia pode ser induzido pela procura externa ou pela procura interna. Na esmagadora das economias avançadas, a procura externa representa apenas 1/5 da procura dirigida à produção nacional. Isso significa que seria necessário um crescimento extraordinário das exportações para compensar uma redução da procura interna. O problema agrava-se quando a procura internacional é fraca e se tenta assegurar o aumento das exportações por via dos baixos salários – pois isso significa que a procura interna vai diminuir, penalizando fortemente o crescimento. Não é, pois, surpresa que alguns estudos mostrem que as políticas de desvalorização interna – visando promover o crescimento por via do aumento da competitividade – conduzam, pelo contrário, a um crescimento mais fraco.

Em suma, por estranho que pareça, nem a redução dos salários conduz necessariamente à redução do preço dos produtos, nem a redução dos preços conduz necessariamente ao aumento das exportações, nem o aumento das exportações conduz necessariamente ao crescimento económico (principalmente se for obtido à custa de baixos salários)."


Ricardo Paes Mamede

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Street Art Portugal (The Book)





Já aqui demos conta de um livro chamado Street Art Lisbon, editado pela Zestbooks. Nele podem ver-se algumas obras da nossa autoria, em meio a muitas outras de enorme qualidade, executadas por vários outros artistas, todas em território nacional.

Hoje registamos o aparecimento de um novo livro publicado na sequência do anterior. Este chama-se Street Art Portugal e igualmente inclui algumas imagens de intervenções nossas. Encontramo-nos assim incluídos numa lindíssima coleção que reúne muitas das mais belas paredes realizadas em Portugal por um vasto e diversificado leque de grandes artistas. É com enorme honra que ocupamos as páginas 136 e 137.

As nossas mais profundas felicitações e um abraço reconhecido aos seus editores, especialmente ao Nuno Seabra Lopes, um homem visionário!

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Illegality and Political Resistance


“Illegal wall painting exists at the intersection of art and crime, at the crossroads of cultural production, political resistance, and criminalization. Though wall painters worldwide draw on a plethora of folk art and art world traditions, and in some cases benefit from training or participation in legitimate art worlds, the illegality of their art alters the lived experience and lived politics of their artistic production.”

Jeff Ferrell

terça-feira, 3 de maio de 2016

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Boi, Bíblia, Bancos, Bala

"Um dos grandes espelhos de como o regime democrático-liberal não funciona como um espelho, mas como um espelho mágico, cuja imagem é cada vez mais distorcida, é a relação entre representantes e representados — raramente se encontram. Não sei quantos brasileiros vivem do trabalho, pelo menos metade certamente, trabalho assalariado, mas se a isto somarmos todas as outras formas de trabalho — doméstico, «informal», infantil, será superior. Porém, o congresso brasileiro (...) tem a seguinte bancada: 55 representantes de polícias e afins; 190 empresários, 52 evangélicos e 257 representantes dos latifundiários e 46 dos trabalhadores. Chama-se com ironia no Brasil «a bancada do BBBB» - Boi, Bíblia, Bancos, Bala."

Raquel Varela

domingo, 1 de maio de 2016

Trabalha e cala-te?

mural conjunto com El St

"A CGTP-IN (...) assinala o 130º aniversário dos acontecimento de Chicago, que estiveram na origem do 1º de Maio, Dia Internacional do Trabalhador, com manifestações, concentrações, convívios e iniciativas culturais, desportivas e lúdicas em várias localidades do continente e das regiões autónomas (...).

Uma jornada de luta pela redução da jornada de trabalho para as 8 horas, violentamente reprimida pelas autoridades dos Estados Unidos da América, que assassinaram dezenas de trabalhadores e condenaram à forca quatro dirigentes sindicais. Uma data que homenageia também as mulheres e homens deste país que, durante a ditadura fascista, lutaram pela liberdade e por melhores condições de vida e de trabalho, por emprego com direitos, salários e horários dignos. Mulheres e homens que, hoje, continuam a bater-se para afirmar os valores de Abril e a defender a Constituição da república Portuguesa cujo 40º aniversário também se assinala.

É o tempo de valorizar o trabalho e dignificar os trabalhadores, combater o desemprego, a precariedade, os baixos salários e pensões e a emigração forçada; vencer o medo e lutar pela efectivação dos direitos individuais e colectivos, indissociáveis de uma política de esquerda e soberana e de um Portugal de progresso e justiça social. Por isso, vamos lutar:

· Pelo aumento geral dos salários, para uma mais justa distribuição da riqueza, o incentivo à procura e à dinamização da economia;Por investimento na produção nacional geradora de maior valor acrescentado e da criação de mais e melhor emprego;Pela dinamização da contratação colectiva, com a revogação da norma da caducidade e a reintrodução do principio do tratamento mais favorável;Pela revogação das normas gravosas da legislação laboral para os sectores público e privado;Pela reposição das 35 horas de trabalho semanal para a Administração Pública e a redução progressiva para os restantes sectores, sem diminuição de salário;

· Pela valorização das profissões, a garantia de evolução das carreiras e o reconhecimento das experiências, competências e qualificações;

· Contra todas as formas de discriminação e assédio moral / tortura psicológica no trabalho;

· Pela melhoria dos serviços públicos, o reforço do poder local democrático e a elevação da qualidade do Serviço Nacional de Saúde, da Escola Pública, democrática e inclusiva e da Segurança Social pública, universal e solidária;

· Pelo aumento das pensões de reforma;

· Pelo combate à pobreza e exclusão social, assegurando prestações e apoios sociais a todos os desempregados e às camadas da população mais desfavorecida."

CGTP-IN