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domingo, 29 de junho de 2014

Propagar a rebelião







"Uma rebelião pode ser levada a cabo por 2 por cento de ativos e 98 por cento de simpatizantes passivos."

"Rebellions can be made by 2 per cent active in a striking force, and 98 per cent passively sympathetic."

T. E. Lawrence


sábado, 28 de junho de 2014

Verão muita tinta


"A cidade contemporânea é um artefacto cultural em constante mutação, o resultado de forças históricas e de dinâmicas socioculturais díspares. Diferentes usos e representações do espaço ajudam a compor este habitat, simultaneamente vibrante e complexo. O espaço metropolitano é, por isso, lugar de contendas de natureza simbólica, colisões entre visões e apropriações do território que nem sempre convivem harmoniosamente. É também este o cenário para o curioso mundo do graffiti e da street art."

Ricardo Campos

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Playing No Roles But Itself


"When the dog looks at you, the dog is not thinking what kind of person you are, the dog is not judging you, dog is at a stage of consciousness prior to the arrival of thought. So the dog IS — and that state has certain similarities with the state of presence, in which is the state of going beyond thinking.

You can sense spirit that's out there in nature. But you can only sense it because you already have it within you. It's that in you that responds, that senses it. Only people whose mind is not totally noisy can actually be aware of silence. And so I sometimes observe, I see people who are jogging or walking their dogs, and very few are really there. They're talking on the phone, they have headphones on, they're talking to their friends and all that immersive thinking."

Eckhart Tolle

quinta-feira, 26 de junho de 2014

...Now You See a Judge


"In the 90's when we were getting up a lot, the trains stopped so graffiti came to the streets. It became a free-for-all. The cops weren’t really aware of how graffiti artists were approaching their attack of the streets, so the streets were there for taking and we just went hog wild. Now the cops know what to look for and if they see you they arrest you and put you through central booking; it’s a felony. Back then it was a misdemeanor; it was joke. Sometimes you’d get a little desk appearance ticket. You were in and out, had to pay a little fine, do a little community service. Now you go to jail, you go through the whole system, you see a judge. So the penalties have changed. You can get in real trouble."

Cost (Street Artist)

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Sharing


"A huge amount of my spare time is consumed by creating art since my mind is always full of ideas of what I would like to do next or what dream projects I would like to take part in. The creative process has always been very relaxing and I don’t see my work as a means of gaining wealth or fame. I see it as a means of sharing what I love to do with whoever is willing to take the time to look at my pieces and appreciated what I have created."

PaperMonster

terça-feira, 24 de junho de 2014

Estado al servicio de los banqueros


«Eso es el neoliberalismo: dejar hacer al capital lo que quiere, sin trabas. Ahora bien, cuando las cosas se tuercen, se recurre al Estado sin ningún sentido del pudor. Han estado cuarenta años diciendo que el Estado no tiene que intervenir en economía, y en el momento en que ha habido problemas fíjese a qué niveles están participando los Estados.»

Rosa Villegas


segunda-feira, 23 de junho de 2014

Fim-de-semana a cortar


Muitas horas, ao longo de todo o fim-de-semana, foram dedicadas ao meticuloso e paciente exercício de cortar estênceis.
We need to be patient when we spend a long time in the atelier cutting new stencils. This was a busy weekend.

domingo, 22 de junho de 2014

Intrépidos vermelhos


"[...] no início dos anos sessenta, [...], determinadas companhias de seguros cobravam uma taxa especial aos proprietários de carros vermelhos. Não por serem vermelhos mas porque, sendo vermelhos, pertenciam, na sua maioria, a condutores jovens, isto é, a condutores que passavam por ter mais acidentes do que a média. Uma prática desse género, que ocorreu há pouco mais do que uma geração, parece-nos hoje em dia inconcebível, totalmente arbitrária. Haverá seguradores que afirmem mesmo que ela nunca existiu. E no entanto..."

Michel Pastoureau

sábado, 21 de junho de 2014

Imágenes sin analisys


"Los últimos años han visto un enorme aumento de la presencia mediática y social del llamado arte urbano. Para los que llevamos más de dos décadas implicados en el fenómeno resulta extraño encontrarnos respondiendo entrevistas sobre asuntos que antes era conveniente ocultar para evitar problemas, tanto legales como sobre todo de aceptación social.
[...] Sin embargo, esta receptividad hacia el arte de calle es más bien superficial. Se traduce sobre todo en la adopción de ciertas estéticas por parte de la siempre insaciable publicidad, en la celebración de espectáculos y festivales que domestican el asunto y le privan de su esencia, y en la publicación de infinidad de libros atiborrados de imágenes pero dramáticamente faltos de textos analíticos que pudieran servir para entender de qué estamos hablando en realidad."

Javier Abarca

quinta-feira, 19 de junho de 2014

De regresso ao século XIX


"Au premier congrès de bienfaisance tenu à Bruxelles, en 1857, un des plus riches manufacturiers de Marquette, près de Lille, M. Scrive, aux applaudissements des membres du congrès, racontait, avec la plus noble satisfaction d'un devoir accompli: "Nous avons introduit quelques moyens de distraction pour les enfants. Nous leur apprenons à chanter pendant le travail, à compter également en travaillant: cela les distrait et leur fait accepter avec courage ces douze heures de travail qui sont nécessaires pour leur procurer des moyens d'existence." - Douze heures de travail, et quel travail! imposées à des enfants qui n'ont pas douze ans! - Les matérialistes regretteront toujours qu'il n'y ait pas un enfer pour y clouer ces chrétiens, ces philanthropes, bourreaux de l'enfance."

"No primeiro congresso de beneficência realizado em Bruxelas, em 1857, um dos mais ricos manufactureiros de Marquette, perto de Lilie, o Sr. Scrive, aplaudido pelos membros do congresso, contava com a mais nobre satisfação de um dever cumprido: “Introduzimos alguns meios de distracção para as crianças. Ensinamos-lhes a cantar durante o trabalho, a contar também enquanto trabalham: isto distrai-as e faz-lhes aceitar com coragem aquelas doze horas de trabalho que são necessárias para lhes proporcionar os meios de existência” – Doze horas de trabalho, e que trabalho! Impostas a crianças que não têm doze anos! – Os materialistas lamentarão sempre que não haja um inferno para nele pôr estes cristãos, esses filantropos, carrascos da infância!"

"At the first Congress of Charities held at Brussels in 1817 one of the richest manufacturers of Marquette, near Lille, M. Scrive, to the plaudits of the members of the congress declared with the noble satisfaction of a duty performed: “We have introduced certain methods of diversion for the children. We teach them to sing during their work, also to count while working.” That distracts them and makes them accept bravely “those twelve hours of labor which are necessary to procure their means of existence.” Twelve hours of labor, and such labor, imposed on children less than twelve years old! The materialists will always regret that there is no hell in which to confine these Christian philanthropic murderers of childhood."

Paul Lafargue

terça-feira, 17 de junho de 2014

Caramelo visual


"La libertad en cuanto a los contenidos es una de las grandes ventajas del arte urbano. Se habla a menudo de él como de una manifestación real de la libertad de expresión, en una época en que la expresión en el espacio público está monopolizada por la comunicación comercial. Aunque lo cierto es que esta libertad no se explota tanto como cabría esperar, y el contenido de buena parte del arte de calle no va más allá de la autopromoción y el caramelo visual."

Javier Abarca

segunda-feira, 16 de junho de 2014

De luta e de combate


"Esta gente cujo rosto
Às vezes luminoso
E outras vezes tosco

Ora me lembra escravos
Ora me lembra reis

Faz renascer meu gosto
De luta e de combate
Contra o abutre e a cobra
O porco e o milhafre

Pois a gente que tem
O rosto desenhado
Por paciência e fome
É a gente em quem
Um país ocupado
Escreve o seu nome

E em frente desta gente
Ignorada e pisada
Como a pedra do chão
E mais do que a pedra
Humilhada e calcada

Meu canto se renova
E recomeço a busca
De um país liberto
De uma vida limpa
E de um tempo justo"

Sophia de Mello Breyner Andresen

domingo, 15 de junho de 2014

Semear ventos na cidade


"Venha, meu amigo
Deixe esse regaço
Brinque com meu fogo
Venha se queimar
Faça como eu digo
Faça como eu faço
Aja duas vezes antes de pensar

Corro atrás do tempo
Vim de não sei onde
Devagar é que não se vai longe
Eu semeio o vento
Na minha cidade
Vou pra rua e bebo a tempestade"

Chico Buarque

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Os tempos são de esclarecimento e luta!


"Em Junho trazemos-lhe um extenso dossiê sobre o Grande Mercado Transatlântico 
que a União Europeia e os Estados Unidos preparam para saquear os Estados e desproteger ainda mais as populações: o que é este Tratado, quais as suas consequências (nomeadamente para a economia portuguesa, por Nuno Teles) e como poderá ser combatido? Não perca também os artigos sobre futebol, media e política, neste período em que as abordagens ao desporto tendem a ser outras. E ainda uma análise do que está a ser preparado para desmantelar o sistema de pensões em Portugal (por Maria Clara Murteira), a continuação da série tempos difíceis sobre as transformações num bairro em Coimbra desde as campanhas SSAL até hoje (por João Baía), uma revisitação das Campanhas de Dinamização Cultural do MFA através das fotos de Manuel Brito (por Rui Bebiano) e a experiência da Leitura Furiosa no Porto (por Maria Regina Guimarães, Saguenail e muitos mais). No internacional, as razões do contínuo fracasso das negociações entre Israel e a Palestina (Alain Gresh), mas também os avanços da campanha sanções, desinvestimento e boicote; a Rússia vista pelo prisma do problema do aquecimento... e os novos projectos do capitalismo na sua luta contra o sono.


Índice de artigos aqui.

Também disponíveis:
"Os poderosos redesenham o mundo", SERGE HALIMI (excerto, dossiê Grande Mercado Transatlântico)
"Eurofagia", SANDRA MONTEIRO


AINDA NÃO É ASSINANTE?
Assine até 23 de Junho e habilite-se a uma serigrafia de Manuel d'Olivares (será sorteada num debate na FNAC Colombo dia 24 de Junho).
Veja as condições muito favoráveis que lhe propomos aqui."

quinta-feira, 12 de junho de 2014

3 Amigos, 3 paredes (Olaias revisitada)



Existir é uma aventura! O oxigénio das horas traz surpresas e todos os dias são uma curiosidade. 
Quem vive entre paredes e tintas, sobretudo se se dedica à arte clandestina livre de censura, depara-se com momentos únicos, experienciando emoções que não encontraria noutras andanças.
Ao longo de mais de duas décadas de rua, são variadíssimas e incontáveis as histórias acumuladas na gaveta das memórias... Mas seguramente, a noite de 23 de novembro de 2013 ficará no percurso da ação dalaiamiana como uma das mais singulares e saudosas.
Começou com um telefonema noturno e uma saída espontânea decidida de chofre, as tintas no porta-bagagens e um demorado passeio prévio visitando potenciais spots na maravilhosa Lisboa. 
À boleia havia três amigos preciosos dotados de almas ancestrais e abençoados com muita paciência! Porque três singelas intervenções, que normalmente concluir-se-iam depressa, demoraram toda uma madrugada a ficar prontas por causa de viaturas e pessoas que insistiam em circular. Com a agravante de a noite estar especialmente GELADÍSSIMA, como há poucas em Lisboa!
Agora, decorridos sete meses, revisitamos as Olaias onde constatamos que, das três pinturas, uma já se extinguiu. 
Porém restam duas, cujas tintas reluzem fortes como se o dia 23 de novembro tivesse sido hoje.
Obrigado Glória, Davi e Paula =] Abraços do coração!

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Arte contemporânea :p


"Tudo o que não se sabe direito o que é, é arte contemporânea.”

Almandrade (António Luís M. Andrade -- artista plástico, poeta e arquiteto)
in “O fim da arte (como meio de conhecimento)”

terça-feira, 10 de junho de 2014

segunda-feira, 9 de junho de 2014

No Parking


— Atenção! Você não viu o sinal?
— Desculpe, senhor agente da autoridade, não reparei... Qual sinal?
— Está ali: é proibido estacionar carrinhos de compras.

The policeman yelled "You can't leave your shopping trolley there; that is a no parking zone!"

domingo, 8 de junho de 2014

Ditadura do pensamento único




“The smart way to keep people passive and obedient is to strictly limit the spectrum of acceptable opinion, but allow very lively debate within that spectrum.” 

Noam Chomsky

sábado, 7 de junho de 2014

Um país que é a noite


"A noite de maio com as suas sombras e os seus brilhos, os seus perfumes, as suas flores e os seus murmúrios parecia uma história fantástica. As folhas no ar mexiam-se levemente e faziam sinais como se conversassem umas com as outras.
— Como tudo parece vivo! — pensou Florinda. — Parece que tudo me vê, que tudo me escuta!
E caminhando ao acaso chegou ao jardim do Rapaz de Bronze.
Na sua ilha de pedras de fetos, no meio do lago, a estátua estava muda e quieta.
Florinda parou.
Tudo no jardim pareceu parar. De repente, nem a brisa suspirava.
Mas o rapaz estendeu uma mão e lentamente disse:
— Florinda, lembras-te de mim?
— Ah! Lembro-me, lembro-me de ti! — respondeu ela.
Então o Rapaz de Bronze desceu da sua ilha, saltou do lago e ficou em pé em frente da rapariga.
— Lembras-te da festa das flores e da clareira e da noite de primavera? — disse ele.
— Lembro-me, lembro-me de tudo agora. Mas eu pensava que era um sonho. Pensava que tudo o que eu tinha visto era extraordinário demais e não podia ser verdade.
— As coisas extraordinárias e as coisas fantásticas também são verdadeiras. Porque há um país que é a noite e um país que é o dia.
— Como o mundo é maravilhoso! — disse Florinda.
E deu a mão ao Rapaz de Bronze e foram os dois através do jardim."

Sophia de Mello Breyner Andresen
obrigado a StarCat pelo ditado ;)

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Totalmente renovado

 


O desenho antigo foi totalmente recoberto de tinta, desde o interior negro das letras até ao contorno, cujo vermelho luminoso foi substituído por um outro discretamente mais escuro e sólido. Ainda se lhe acrescentou uma linha verde, estreita e vibrante.
Entre o restauro do antigo e os novos acrescentos, a finalização total da parede consumiu vários litros de tinta expelidos por incontáveis latas. E alegria :D

The new mural was painted over another one, taking its place. Brand new paint covered the whole old drawing. Even the red outline got a new look with a darker red. A bright green outline has been added. 
Many gallons of paint and many more spray cans were necessary to paint this whole new mural.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

This Little Tag Is Ready


Disseram-nos que este lugar havia sido demolido. Mal soubemos que afinal se mantinha de pé, regressamos passados mais de dois anos para refazer, melhorando, a peça antes construída.

We were told this abandoned factory had been demolished. But that's not true. As soon as we realised it, we went back there after more than two years. Actually, this piece is more than a simple restauration, it's a huge and better remake. Yeah!